1. |
Trançador
02:33
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Trançador, trança o baralho
Já cortei e não corto mais
Trança a dama, trança o valete
Trança o reis que eu corto o Az
Menina, tu é da Sussa
Eu sou da Sociedade
Na barra do Meu vestido
Navegá minha sodade
Quem me dera eu sabê lê
Para soletra minha sina
Soletra Campina e Campi
Soletra Campi Campina
Eu botei preto por luto
E verde por galezia
E branco por esperança
De nascer feliz um dia
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2. |
Aboiá
00:59
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Vai, boiadeiro vai
Aboiá...
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3. |
Êita Mundão
01:10
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Quanta terra
Eita mundão
Mas vem cá
De quem é toda aquela terra ali?
É do Patrão
E aquela ali, de quem é?
É do Patrão
E aquela ali, de quem é?
Você achou que era de quem?
De deus, ué
De deus?
Mas tem alguém que trabalha lá?
Até onde a gente sabe lá é tudo nada
Peraí, e se todas as famílias daqui
Fossem até esse nada
E fizessem desse nada um tudo?
Fazer de tudo o que?
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4. |
Ninguém Escapa
02:40
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Olha o boi
Olha o boi
Olha o boi
Ninguém vai ficar parado
Homem gado misturado
Ninguém pode escapara
Do olho do patrão.
Olha o boi
Olha o boi
Olha o boi
Olha vaca tá mugindo
Bezerrinho tá fugindo
Ninguém pode escapar
Do olho do patrão
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5. |
Tombador
01:09
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Olha o Carro na ladeira
É tombador
Não deixe o carro tombar
É tombador
Meu carro sem boi não anda
É tomabador
Sem boi não pode andar
É tomabador
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6. |
Êita Mundão
01:03
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Cadê a floresta?
Cadê a mata que estava aqui?
Esse pasto de quem é?
É do Patrão
E aquele pé de laranjeira
Aquela plantação de cana de açúcar
De quem é?
É do Patrão
E aquela plantação de soja
Que vai até aonde a vista alcança
De quem é?
Você achou que era de quem?
De deus eu sei que não é.
Mas vem cá,
Vocês não acham que essa história de agronegócio
Está acabando com o país?
E o agrotóxico
Não faz mal pra saúde?
Até onde a gente sabe
Nenhum animal envenena a própria comida.
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7. |
O Seu Coro Eu Vou Tirar
01:44
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Boi, o Boi morreu
Boi, o boi morreu
Boi, o boi morreu
O seu couro eu vou tirar
Vou ferver eu vou limpar
Vou tingir vou esticar
Pra depois poder fazer
Dar um espaço aqui
Um sapato um sapatinho
Roupa cinto e um tapete
Esse emprego é muito bom
Muda a vida da gente
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8. |
Tesouro de Mãe
01:23
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Meu couro não, tira de mim
Essa vida é tão estranha tem que ser assim?
Meu couro não, tira de mim
Sou tesouro de mamãe quero outro fim
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9. |
Luta de Classe
02:33
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Aqui nesse espelho, nossa encenação.
Faremos um lamento em forma de canção.
De um lado a fossa, o povo pobre explorado.
Do outro a força, o nobre que mantém seu estado.
Desde a invasão dos portugueses barcos
Até o topo das favelas onde sobem os barracos
Por todo lado do Brasil é o mesmo quadro
Se tem quem manda tem quem chora, branco, negro ou mulato.
(Refrão)
Quem hoje sabe o que é luta de classe?
Quem é que luta por aquilo que não sabe?
Qual é o esquema atrás da mascarada face?
O que se perde desse todo que hoje é parte?
Em outro tempo, outro espaço, outra praça.
Mais um pedaço de uma peça que hoje aqui se passa
Revela um povo que espera em letargia
E não percebe a roda torta que não gira
(Refrão)
Um malabares cospe fogo e canta a vida
Toca viola, sopra gaita e faz folia.
Mas não se afasta da certeza que podia
Viver de paz, fartura e democracia.
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10. |
Olha o Emprego
00:53
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Olha o emprego minha gente
Quem quiser que chegue mais
Tem emprego pra mocinha
Tem emprego pro Rapaz
Tem emprego pra senhora
Tem emprego pro Senhor
Tem emprego até
Pra vovó e pro vovô
E até pro pessoal
Que nunca trabalhou
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11. |
Pancadão do Trabalhador
02:13
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Você chega aqui sozinho
pode estar desempregado
Não importa se é burro
Lerdo, feio, atrapalhado
Tem que ter disposição
Muita força de vontade
O serviço é puxado
Você vai ficar cansado
Não reclame ou desanime
Pois a vida é assim
Eles vão te explorar
Isso nem é tão ruim
Tudo pode piorar
Se chega o final do mês
E você não tem salário
Chega disso, outra vez
Põe o pé nesse pedal
E começa pedalar
Se tiver dor na coluna
Não reclama, é normal
12 horas sem parar
Como é que é?
Trabalha em pé?
Doze horas sem parar
Como é que é?
Trabalha em pé?
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12. |
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Vejam vocês, a escória nos cercou
Temos nossa decisão.
Nossos braços cruzados, suas máquinas paradas
Nenhum acordo com patrão!
Rap
Trabalho muito pra ganhar o meu salário
Enquanto isso o meu patrão é milionário
E se eu atraso, adoeço ou peço aumento
Sou demitido não tenho nenhum direito.
O seu discurso retórico, articulado
Prolonga a longa validade da merreca
Eu tô cansado de ver furo na cueca
De viver sempre nesse estado indignado
Refrão
Vejam vocês, a escória nos cercou
Temos nossa decisão.
Nossos braços cruzados, suas máquinas paradas
Nenhum acordo com patrão!
Rap
O povo não tem teto nem comida
Não tem saúde nem transporte, educação
O sustento desse povo é o trabalho
E no governo só rola corrupção
Há muito tempo que eu perdi a paciência
A nossa greve se é leve não avança
Autonomia hoje em dia tá em baixa
Levanta a bunda solta um grito se adianta
Refrão
Vejam vocês, a escória nos cercou
Temos nossa decisão.
Nossos braços cruzados, suas máquinas paradas
Nenhum acordo com patrão!
2 x Eu tô cansado dessa vida de cachorro
Passou da hora de uma revolução
Independênica é o que eu quero ou não trabalho
Vamos gritar “Aqui não, senhor Patrão!”
Refrão
Vejam vocês, a escória nos cercou
Temos nossa decisão.
Nosso peito rasgado, nosso coro está formado
Indo em sua direção!
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13. |
É Nóis!
03:13
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Por mais que eles abram mão
Solução parece que não vem
Se não rende a farinha e o feijão
Do patrão nós ficamos refém
Eu sei, é fato, que a cultura é alimento
Desdobramento e resistência popular
Tortura é muita e o sistema não ajuda, eu grito:
Eu quero independência, simbora, vamo embolá
2 x A solução não tá aí!
Você parou para pensar?
A solução não tá ali!
Você parou para pensar?
Não tem Jesus, nem Buda, Krishna, Orixá
Que vai me fazer sentar e esperar
A roda da fortuna gira e eu nem vi
Que dessa forma meu valor não vai mudar
2 x A solução não tá aí!
Você parou para pensar?
A solução não tá ali!
Você parou para pensar?
A solução não em um!
Você parou para contar?
A solução está em nós, em nós!
É nóis, é nóis, é nóis!
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14. |
Vamos a Luta Minha Gente
01:07
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Já furaram os meus olhos
Já cortaram meu pescoço
Já comeram a minha carne
Agora querem o meu osso
É hora de dizer não
Lutar, brigar, reagir
Ou a gente dá um basta
Ou irão nos engolir.
(Sapateia) Sapateia meu povo!
Pega a lança e vamos La
Não existe mundo bom (Nâo existe)
Se a gente não conquistar.
Joga o destino no chão
Vamos à luta, minha gente,
Não podemos recuar
Temos que seguir em frente.
Bate, bate, pau no pau,
Vamos ver quem guenta
Ou nós batemos primeiro
Ou a gente se arrebenta.
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15. |
Viva Malasartes
01:56
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Viva, viva, nosso herói Malasartes!
Rei da festa, da alegria, malandragem.
Nós viemos te saudar, herói do povo,
Aos teus pés nossa homenagem aqui de novo!
Vai buscar, manda trazer a minha parte:
Arroz, feijão e diversão aqui na mesa.
Amar, brincar, bebida e carne aqui nas artes.
Ser de família, mas viver na safadeza!
Viva, viva, nosso herói Malasartes!
Rei da festa, da alegria, malandragem.
Nós viemos te saudar, herói do povo,
Aos teus pés nossa homenagem aqui de novo!
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16. |
Tentações
01:40
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É tanta tentação que tanto tenta
Quem se sustenta diante desse mercado
Tanta beleza, tanta oferta de pecado,
Que até o diabo, pecador, não se agüenta.
Só ter cartão e nome limpo no Serasa
Sete pecados são s nossas tentações
E viva a gula, a cobiça e a preguiça,
Salve a luxúria, rainha das seduções.
Ter palacete, apartamento ou bangalô
Iphone, ipod, happy, rock, mp3
E quem é santo se transforma em pecador
Ninguém tá fora, todo mundo tem sua vez.
Cair e fácil, o difícil e levantar
Tem muito gozo, tem passeio e tem comida
A gente engorda, quer fugir, quer escapar,
Agora é tarde e você não tem saída.
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17. |
Caloteiro
01:57
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Caloteiro, Caloteiro,
Nós viemos receber
Você deve, você paga
Ou tudo, tudo, vai devolver.
Comeu mignon, comeu perdiz,
Fez amor, se lambuzou.
Comeu mignon, comeu perdiz,
Se lambuzou
Gastou e não pagou
Agora tem que pagar
É hora do acerto
E a cobra vai fumar
Vamos dar um aperto.
Não aceitamos cartão
Nem cheque pré-datado
É só grana na mão
Pra não ser protestado.
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18. |
Voa Voa
05:29
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Voa, voa, passarinho
Fica pra sempre a voar
Quem sabe Deus ajuda
E mamãe vai te encontrar
Voa, Voa, passarinho
De alegria e de dor
Voa, voa, passarinho
Onde você for, eu vou.
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19. |
Boitatá
01:46
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E se a gente se unisse
Braços, pernas, vabeças
E se mudasse o jogo
Para tombar a mesa
E virasse o Boitatá
E virasse o Boitatá
E virasse o Boi!
Vem, me ensina a lutar Boitatá
Nem, norteia nessa imensidão
Vem no chão o inimigo botar
Pra ter fé na nossa nação!
Afinal, o que somos não dá!
Uma raiva, metade de amar
Boitatá vem com a gente lutar
Pra vencer essa escuridão
E virasse o Boitatá
E virasse o Boitatá
E já era, já foi, já vai
Nova era com Boitatá!
Uma cobra bem grande
Feita de luz e fúria
Força de mudar mundo
Disparada de bala, é tá!
E virasse o Boitatá
E virasse o Boitatá
E virasse o Boi!
Vem, me ensina a lutar Boitatá
Nem, norteia nessa imensidão
Vem no chão o inimigo botar
Pra ter fé na nossa nação!
Afinal, o que somos não dá!
Uma raiva, metade de amar
Boitatá vem com a gente lutar
Pra vencer essa escuridão
E virasse o Boitatá
E virasse o Boitatá
E já era, já foi, já vai
Nova era com Boitatá!
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20. |
Festa para um Herói
02:20
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Salve o herói que nasceu
No coração de um povo
Salve o herói que morreu
Pra poder nascer de novo.
O cacete a gente desce
Nossa mão é sempre dura
Mas a gente não esquece
Tem que viver com ternura
Bate bate forte no couro
Faz o baque solto gritar
Bate forte tambor sem choro
Com alegria eu vou cantar
Amor, encanto e magia
Num bate, bate festivo
Onde tem riso tem pranto
Pro coração que tá vivo.
Tem dias que é pra luta
Tem dias pra festejar
Depois de boa disputa
Comer, amar e brincar
Bate bate forte no couro
Faz o baque solto gritar
Bate forte tambor sem choro
Com alegria eu vou cantar
Nós que somos uma vontade
Que habita no coração
Que é luz, que é claridade
Que vence a escuridão.
Bendito o povo que tem
Um herói que aponta o norte
Mas esse herói é alguém
Quando seu povo é forte.
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Laboratório Nômade São Paulo, Brazil
Da ideia de se praticar o registro também como arte, surge o Laboratório Nômade, projeto que busca pesquisar e experimentar métodos de captação e reprodução que possam transmitir ao máximo a essência da performance artística.
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