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Os Cantos do Sarau da Brasa

by Laboratório Nômade

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A elite encontra-se nos grandes centros comerciais, rodeada pelas periferias que ela própria inventou. A periferia se arma e apavora a elite central. Nas guerras das armas, os ricos reprimem os favelados com a força do Estado através da Polícia. Mas agora é diferente, a periferia se arma de outra forma. Agora o armamento é o conhecimento, a munição é o livro e os disparos vem das letras. Então a gente quebra as muralhas do acesso, e parte para o ataque. Invadimos as bibliotecas, as universidades, todos os espaços que conseguimos, arrumar munição (informação). Os irmãos que foram se armar, já estão de volta preparando a transformação. Mas não queremos falar para os acadêmicos, mas sim para a dona Maria e o seu José, pois eles querem se informar. E a periferia dispara. Um, dois, três, quatro livros publicados. A elite treme. Agora favelado escreve livro, conta a história e a realidade da favela que a elite nunca soube, ou nunca quis contar direito. Os exércitos de sedentos por conhecimento estão espalhados dentro dos centros culturais e bibliotecas da periferia. A elite treme. Agora não vai mais poder falar o que quiser no jornal ou na novela, porque os periféricos vão questionar. O conhecimento trouxe a reflexão e a reflexão trouxe a ação, e agora a revolta esta preparada, e a elite treme. Não queremos mais seu tênis, seus celulares. Não queremos mais ser mão de obra barata, e nem consumidores que não questionam a propaganda. Queremos conhecimento e transformações nas relações sociais. A elite treme. Agora não mais enquadramos madames no farol, e sim queremos ter os mesmos direitos das madames. E é por isso que a elite TEME.
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Batuque 03:09
Tenho um tambor Tenho um tambor Tenho um tambor Tenho um tambor Dentro do peito Tenho um tambor É todo enfeitado de fitas Vermelhas pretas amarelas e brancas Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que bate Batuque batuque bate Que evoca bravura dos nossos avós Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que bate O toque de reunir Todos os irmãos De todas as cores Sem distinção Tenho um tambor Tenho um tambor Tenho um tambor Tenho um tambor Dentro do peito Tenho um tambor É todo enfeitado de fitas Vermelhas pretas amarelas brancas azuis e verdes Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que bate O toque de reunir Todos os irmãos Dispersos Jogados em senzalas de dor Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que fala de ódio e de amor Tambor que bate sons curtos e longos Tambor que bate Batuque batuque bate Tambor que bate O toque de reunir Todos os irmãos De todas as cores Num quilombo Num quilombo Num quilombo Tenho um tambor Tenho um tambor Tenho um tambor Tenho um tambor Dentro do peito Tenho um tambor
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about

Gravado nos dias 28 de julho e 11 de agosto de 2012, no Bar do Carlita.

credits

released September 7, 2012

Captado pelo Laboratório Nômade, projeto subsidiado pelo Programa VAI, da Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo.

Otavio Correia - Captação e Mixagem;
Clayton João - Apoio Técnico e Registro;
Thais Guabiraba - Apoio Técnico e Registro;
Paulo Leite - Apoio Técnico;
Diane Boda - Registro
Lucas Zanotte - Apoio Técnico;
Carolzinha Teixeira - Arte da Capa - Homenagem às "Lamparinas", da viagem à Chorrochó, Bahia.

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Laboratório Nômade São Paulo, Brazil

Da ideia de se praticar o registro também como arte, surge o Laboratório Nômade, projeto que busca pesquisar e experimentar métodos de captação e reprodução que possam transmitir ao máximo a essência da performance artística.

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